A experiência das equipes influencia a experiência do paciente
O estado emocional e a motivação das equipes afetam diretamente o atendimento ao paciente, a segurança assistencial, a qualidade do serviço e até os resultados clínicos.
Noélia Prado
10/8/20252 min read
A base de uma boa experiência do paciente começa com uma boa experiência da equipe. Um clima organizacional gentil e colaborativo é uma necessidade estratégica para hospitais, clínicas e outras instituições de saúde. Profissionais que praticam a auto compaixão e a gentileza, que reconhecem seus limites, que pedem ajuda e celebram suas conquistas, estão mais aptos a estender essa mesma empatia aos pacientes e colegas. E as lideranças têm um papel fundamental de incentivar e promover um ambiente saudável.
Isso ajuda a reduzir o estresse que a pressão do setor geralmente acarreta, aumenta a satisfação de quem escolheu cuidar de pessoas, e cria um espaço em que o cuidado é centrado na resolução dos problemas de saúde e na melhor jornada para o paciente.
O estado emocional e a motivação das equipes afetam diretamente o atendimento ao paciente, a segurança assistencial, a qualidade do serviço e até os resultados clínicos.
Como líderes, temos que prestar atenção ao bem-estar emocional da equipe criando espaços de escuta segura, incentivar que tenhamos, nós e os colaboradores, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. E como “nenhum homem é uma ilha”, como escreveu o poeta inglês John Donne (1572-1631, devemos reconhecer que as conquistas do time devem ser celebradas. Nós, líderes, não fazemos nada sozinhos.
E quando a equipe está estressada, as consequências são previsíveis. Pode gerar decisões precipitadas ou inseguras, queda de rendimento e aumento de erros durante a jornada de trabalho.
Compartilho com você algumas ferramentas de autogestão que podem auxiliar nesse relacionamento com as equipes:
Converse com alguém de confiança
Faça perguntas:
Como você acha que eu me comunico com as pessoas?
Eu deixo as pessoas falarem?
Eu ouço o que as pessoas têm a dizer?
Quando estamos conversando eu interrompo você?
Você pode também resgatar os feedbacks da sua chefia e da sua equipe sobre a sua forma de se comunicar.
Grave suas reuniões
Ouça a gravação e faça uma análise do seu tom de voz e avalie a clareza das suas mensagens e informações compartilhadas.
Observe o seu estilo de se comunicar.
Não esqueça de pedir a permissão dos participantes.
Faça um diário
Anote o que funcionou bem e o que não deu muito certo.
Avalie os seus pontos fortes e limitações na comunicação.
A ideia é que você registre as suas interações.
Quem é líder tem que ter a habilidade para comunicar suas ideias, de forma clara e objetiva, de motivar a equipe e de aparar arestas intra e intersetoriais. E isso passa, necessariamente, pelo autoconhecimento.
