Ambiente de confiança nas organizações

Um ambiente corporativo saudável é aquele em que as equipes sentem que os seus líderes confiam no trabalho que desenvolvem.

A confiança abre as portas para uma comunicação mais eficaz e faz com que as pessoas tenham mais disposição para compartilhar suas opiniões e preocupações. Isso gera discussões mais profundas e soluções mais criativas.

A confiança também estimula o crescimento pessoal e profissional. Quando os líderes permitem que os colaboradores assumam riscos calculados e aprendam com os erros, eles promovem um ambiente de aprendizado e inovação. Isso se traduz em maior produtividade.

Quando alguém critica algo da equipe você já concorda de imediato ou busca entender o que ocorreu para depois emitir uma opinião?

Imagine a situação:

Você está em uma reunião com vários setores da empresa. Um representante de outra área critica um dos seus colaboradores por, supostamente, não ter feito algo. Qual a primeira coisa que você faz?

a) Concorda com ele e, imediatamente, manda um e-mail ou uma mensagem em um aplicativo, com cópia para todos, cobrando o seu colaborador.

b) Ouve a crítica, busca entender o que houve e só então emite uma opinião.

Com qual opção você se identifica?

Na minha visão, a confiança contribui para a saúde organizacional, especialmente com as mudanças nas relações profissionais, como destacou a pesquisa da Mckinsey sobre o Índice de Saúde Organizacional (OHI).

Desde 2003, a consultoria divulga, anualmente, o Índice de Saúde Organizacional (OHI), que busca avaliar os avanços na ciência organizacional e as mudanças percebidas.

A pesquisa avalia 9 dimensões:

1 - Direção

2 - Liderança

3 - Ambiente de trabalho

4 - Responsabilidade

5 - Coordenação e controle

6 - Capacidade

7 - Motivação

8 - Inovação e aprendizagem

9 - Orientação externa

Fonte: Healthy organizations keep winning, but the rules are changing fast - Agosto 2024 - www.mckinsey.com

Os resultados divulgados, em artigo publicado em agosto deste ano, demonstraram que o aumento do desempenho organizacional e da saúde da empresa passam por novas práticas.

A McKinsey observou mudanças com relação ao propósito, à tomada de decisão, à experiência dos funcionários, à tecnologia e capacidades digitais, à sustentabilidade e à liderança.

Segundo a última pesquisa, a mudança sobre propósito é importante considerando-se a porcentagem de colaboradores mais jovens atualmente no mercado de trabalho. Ao serem questionados sobre a razão pela qual decidiram pelo emprego atual, para eles um trabalho com propósito é mais importante que a remuneração.

"Propósito organizacional pode fracassar quando os funcionários não conseguem vinculá-lo ao que fazem todos os dias".

Ainda de acordo com a McKinsey, o tipo de liderança também mudou. "Os novos dados nos dizem que não existe nenhuma situação em que os líderes precisem seguir a antiga máxima 'Faça o que eu disse'. Atormentar pessoas, microgerenciá-las e aplicar autoridade posicional para pressioná-las a fazer mais e melhor não é mais eficaz em comparação com formas alternativas de liderança e não promovem a saúde organizacional".