Comunicação com pacientes
Para os profissionais da saúde, adotar a CNV traz muitos benefícios. A Comunicação Empática oferece a oportunidade de transformar as interações durante os encontros de saúde e criar um ambiente de confiança e colaboração.
Noélia Prado
5/5/20252 min read


Vamos falar sobre a comunicação com pacientes por meio de observações objetivas, sentimentos e necessidades claras e pedidos específicos, componentes da Comunicação Não-Violenta (CNV)?
Para os profissionais da saúde, adotar a CNV traz muitos benefícios. A Comunicação Empática oferece a oportunidade de transformar as interações durante os encontros de saúde e criar um ambiente de confiança e colaboração.
Ela favorece a escuta ativa, um elemento importante para entender as preocupações dos pacientes e responder, de maneira mais assertiva, a várias situações.
Além disso, a forma de se comunicar contribui para reduzir os conflitos e minimizar a resistência, especialmente em situações delicadas, como discussões sobre mudanças de tratamento ou adesão a recomendações clínicas.
A CNV também facilita o controle emocional, algo muito importante em ambientes de alta pressão como hospitais, clínicas e consultórios. Saber expressar sentimentos e necessidades de forma clara e não agressiva melhora o clima no ambiente de trabalho, favorecendo também uma comunicação fluida entre as equipes.
A Comunicação Empática pode ajudar médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas, entre outros profissionais de saúde, que desejam aprimorar suas habilidades de comunicação e contribuir para relações mais humanizadas, aumentar a satisfação dos pacientes e melhorar os resultados do tratamento.
Nas minhas conversas com os profissionais, eu costumo dar alguns exemplos a partir das necessidades da equipe. A situação descrita abaixo é fictícia, mas poderia acontecer em qualquer consultório, clínica ou hospital.
Um fisioterapeuta se sente desanimado porque muitos de seus pacientes não seguem as recomendações de exercícios em casa. Ao aplicar a abordagem CNV, ele pode entender as verdadeiras preocupações e barreiras de seus pacientes ao tratamento, o que lhe permite adaptar suas orientações.
Os pacientes, por exemplo, podem não seguir as recomendações porque não entendem completamente a importância dos exercícios ou têm dúvidas, mas não se sentem à vontade para falar. Percebendo isso, ele consegue criar um espaço seguro para eles expressarem suas preocupações ou dúvidas.
A CNV não é apenas uma fórmula ou uma técnica de comunicação, mas uma abordagem. Não há a garantia de que o interlocutor irá receber, de forma empática, a interação. O importante é avaliarmos nossas posturas e as nossas interpretações. É um aprendizado contínuo.
Vamos para a prática?
Identifique uma interação recente com um paciente ou colega em que a comunicação poderia ter sido melhor.
Use os princípios da CNV para reimaginar essa interação. Quais mudanças você faria pensando que, talvez, você não tenha deixado claro os seus sentimentos e necessidades?
A comunicação na área da saúde tem muitos desafios e entender as barreiras é o primeiro passo para superá-las. Na próxima semana, abordarei esse ponto.
